Páginas

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A infância que eu quero


Nos tempos de hoje está cada vez mais difícil ver crianças brincando na rua, a insegurança berrando aos nossos ouvidos, cuidado! Mantenham as portas fechadas! que ligado a era da tecnologia, nós pais (eu me incluo nisto), estamos inserindo de forma desproposital cada vez mais cedo nossas crianças à "dependência" dos aparatos tecnológicos, desde cedo é tanto brinquedo que pisca, canta, a começar com a babá eletrônica com visão noturna, saturna, infra-red, que nem percebemos o quanto nos tornamos réfens disto.

Um fato que me marcou muito a respeito disso, foi ter presenciado a cena de uma garotinha linda da sala dos meninos, ter ganhado uma super máquina fotográfica digital aos 3 anos de idade, sinceramente? não julgo, se vc estava aí respirando fundo, pensando que iria ler que eu acho absurdo, errou! A maternidade as cuspidas pra cima, me ensinou que cada pai/mãe parte da premissa que sabe o que é melhor para seus pitocos, estando certos ou não aos olhos alheios. Ponto. Maaaasssss, lá vem a linguaruda! Existe sim, algo que me incomoda MUITO, o pouco conhecido senso de valor, não falo especificamente do preço, mas do valor agregado aquilo, do quanto os pais trabalharam, do quanto os pais economizaram, ou simplesmente do tempo que dedicaram na escolha. A falta desse senso sim, me aflige, amedronta. 

Voltando aos aparatos tecnológicos, promovo uma reflexão pessoal, me pergunto porque é tão difícil oferecer uma infância longe dos tablets, videogames, dvds portáteis e afins? Seria por nossa  falta de tempo? Seria culpa do ritmo frenético das cargas de trabalho, que ao chegarmos em casa invés de montar um quebra-cabeça, ler uma história em livros de papel, bater uma bolinha, consome o tantinho de paciência que nos resta?  Pois é, pensar dói, nos faz estar em constante confronto com nossos planos X atitudes.

Em meus infinitos confrontos maternos, escolhi oferecer aos meninos a infância da geração passada, por mais que eu pareça antiga, piegas, tenho buscado uma infância de muita molecagem, quero conhecer o cheiro de chuteiras chulézentas, ver joelhos ralados e reclamar todo santo dia do kimono encardido. Estou longe de ser a mãe perfeita, mas prefiro agir com cautela, deicidi que os tablets, videogames, passarão mais tempo guardados na gaveta e aplicar o tempo de uso disso em passeios no parque, acompanhar eles andando de bike até perder o folego, vê-los suados e fedidos daquele jeito que só as mães aguentam. Pois é, sou dessas. #mejulguem.



pelada em casa, numa tarde qualquer 


Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigada por sua visita!!!
Deixe seu comentário ou envie email para: julia.hipolito@gmail.com
(Aviso: propagandas/anúncios de vendas não serão publicados, sorry)

Seja bem vindo!

Este blog foi criado com a intenção de compartilhar as experiências de uma Mãe de Gêmeos de primeira viagem. Aproveitando o embalo para o acompanhamento da família e amigos nesta maratona!!!

Volte sempre ...
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...