A fase do terrible two rola solta há
tempos por aqui, algumas ações tomadas para que isso não interfira no código de
conduta da casa tem dado certo. Porém, uma outra fase vem chegando, das
disputas por brinquedos e empurrões. Na verdade a disputa sempre existiu, mas
não havia nenhuma agressão, sempre um cedia, ou algum adulto intervia da forma
mais justa possível.
Nessas últimas semanas os empurrões tem
feito parte do nosso dia-a-dia, dizem que isso demorou muito pra acontecer, tô
tentando levar como mais uma fase desafiadora, mas olha, vou te contar, viver
isso é completamente diferente de assistir o Super Nanny ou ler a Crescer.
Nosso plano de contingência está sendo o
castigo com cantinho do pensamento, não só pelo castigo e sim pelos limites.
Houve um episódio de estarmos com visitas em casa e o Gabriel empurrou o
Vinícius contra a parede. Morri de vergonha, senti vontade de ir chorar no
banheiro, depois tive vontade de lhe dar umas palmadas ali mesmo, mas retomei a
consciência e agachei dizendo que ele não podia bater no irmão. O levei pro
outro quarto onde ele ficou longe da tv e das brincadeiras com as visitas.
Ficamos a sós e sentados no chão eu expliquei os motivos dele estar ali, no
início ele não me levou à sério, tentava levantar, ria (isso me enlouquecia!),
mas passado alguns minutos de broncas ele entendeu meu olhar de reprovação,
ficou quieto olhando pro chão, parecia estar envergonhado e se esquivava do
olho no olho. Demonstrei não ter pressa para sair do quarto, então após 10 minutos
ele mais calmo “entendeu” e me abraçou como um pedido de desculpas.
Dias
após isso, ele repetiu o feito e o coloquei de castigo de novo, lhe posicionei
sentado de frente pra parede, falei firme, firme mesmo! Você está de castigo!
Mamãe não quer que vc empurre o Vinícius nem ninguém! Ordenei, fique aí
quietinho e só saia quando eu autorizar! Lá ele ficou, em nenhum momento tentou
levantar, no máximo olhava pro lado e eu sem gritar, mas com voz firme falava,
olhe pra parede! Você está de castigo! Assim ele acatou, deixei por longos 5
minutos, ao final pedi para ele dar um abraço no irmão e o pedido de
desculpas foi feito. Isso serviu de lição pra mim, de que sim eu posso, sim eu
tenho autoridade e para o Vinícius, caso ele faça o mesmo.
Reconheço que seria
muito pretensiosa ao dizer que um dia essa fase irá acabar, até porque eu não
acredito na maternidade cor de rosa, a vida materna é muito mais obscura que
parece, dia após dia nos faz errar, acertar e aprender com nossos
próprios erros.
Impor limites não é fácil, é um trabalho
de formiguinha, algo que nossos filhos não aprendem na escola, porém com
educação doméstica é completamente possível. Persitência com amor é a alma do
negócio, pois o babado é forte e o chumbo é grosso! Ou seja, tamu junto nessa
luta diária companheiras!
Críticas, dicas e sugestões serão bem
vindas!
Jú